quarta-feira, 11 de maio de 2011

INPE apresenta estudo sobre seca na Amazônia e diz que secas como de 2005 acontecera com mais freqüência.

Estudo divulgado pelo INPE indica que secas igual a de 2005 acontecerá com mais freqüência  seria esperada em um período de 20 anos. No entanto, ela se repetiu em 2010 e muito mais intensa.

O relatório diz que pelas condições atuais uma seca extrema vai acontecer, até 2025, uma vez em dois anos e, até 2060, 9 vezes em 10 anos, se levarmos em conta a Seca do rio Negro, em 2010, foi a pior em 100 anos, e aconteceu apenas cinco anos após outra seca extrema, veremos a eficácia desse estudo.
Esse estudo teve como foco a região Amazônica é a sua importância no clima no Brasil e no planeta.
O estudo ainda diz que a mudanças do clima deverão aumentar de acordo com as alterações dos ciclos hidrológicos e a variabilidade climática.
O estudo prever na necessidade de adaptação e medidas de precações pretendidas aos períodos de secas mais intensas.
O resultado de três anos de estudo de pesquisadores do Reino Unido e do Brasil, com financiamento da Embaixada Britânica. E coordenado pelo pesquisador do INPE, José Marengo.
No relatório divulgado, se destaca a sensibilidade da floresta Amazônica às mudanças do clima e que o aumento na temperatura e acréscimo das chuvas pode ser maior na Amazônia do que a variação global média esperada.
Conforme o estudo, embora desenvolvam medidas capazes de enfrentar eventos extremos, a savanização pode se intensificar e se estender provocando a seca na Amazônia ocidental.
“Na Amazônia, as projeções são de grandes reduções percentuais na precipitação pluviométrica e de elevações da temperatura do ar, com mudanças mais acentuadas depois de 2040”, diz trecho do estudo.
O estudo explica que floresta  amazônica recicla em torno de 50% das precipitações pluviométricas e que, se o desmatamento for da ordem de 30%, ela será incapaz de gerar chuvas suficientes para se manter, gerando um círculo vicioso de “quanto mais perda de floresta, menos precipitações”.
Os pesquisadores também fazem uma perda econômica provocados pela diminuição de chuvas: mais de 70% da energia brasileira vem de usinas hidrelétricas, portanto uma redução na precipitação pluviométrica pode limitar o fornecimento de eletricidade, afetando as atividades industriais nas regiões mais importantes do país do ponto de vista econômico.